Vivemos tempos em que a verdade é muitas vezes sacrificada no altar da conveniência política. A fala de Jerônimo Rodrigues, governador da Bahia, foi distorcida de forma cruel e desonesta, transformando metáforas populares em ameaças infundadas. O que ele disse, ao usar a expressão sobre enterrar ideologias, jamais foi dirigido contra pessoas, mas sim contra ideias que propagam o ódio e excluem os mais pobres. Jerônimo não é um político qualquer; é um homem de fé, de chão e de povo, alguém que carrega nas palavras a herança de uma Bahia que sofre, resiste e acredita.
Nascido do sertão, criado entre a sabedoria do terreiro e a espiritualidade das igrejas, Jerônimo é a representação viva de um Brasil que luta por dignidade. Seu modo de governar é simples, mas profundo — caminha pelos interiores, escuta o agricultor, abraça a mãe enlutada, senta com os quilombolas. Sua gestão é construída sobre a escuta e o respeito, e sua voz representa aqueles que historicamente foram silenciados pela elite política.
Não é a primeira vez que se tenta calar quem ousa desafiar os poderosos com palavras de justiça. O gesto de Jerônimo ao falar daquela vala foi simbólico, quase litúrgico. Representava o desejo de ver sepultado o ciclo de exclusão, preconceito e intolerância que tomou conta do país durante anos. Não era uma incitação à violência, mas um clamor por transformação. É perverso tentar imputar a ele um discurso de ódio quando sua trajetória sempre foi pautada pela construção da paz.
Jerônimo Rodrigues é um cristão que vive a fé em gestos e atitudes, não apenas em palavras. Ele oferece a outra face, mesmo diante da injustiça. E mesmo agora, sob julgamento público, não revida com rancor, mas com serenidade. Ele é, antes de tudo, um educador — que ensina pelo exemplo. Sua lição mais importante é que o amor e a verdade são mais fortes do que a mentira e a maldade. E por isso continuará sendo o governador do povo, com o coração limpo e o olhar firme.
