Prado, Bahia — Conhecida por suas praias paradisíacas e paisagens de cartão-postal, a cidade de Prado agora virou notícia por um motivo menos glamoroso: um escândalo milionário envolvendo a coleta de lixo. Tudo começou com a assinatura de um contrato de R$ 7,5 milhões entre a prefeitura e a empresa Pentágono Prestação de Serviços de Construções Ltda., que prometia modernizar o serviço com veículos novos — promessa que, segundo denúncias, ficou só no papel.
O prefeito Gilvan da Silva Santos, responsável pela homologação do contrato, virou alvo de investigações do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), da Polícia Federal e da opinião pública. Nos bastidores, corre o boato de que, em meio ao cerco, o gestor teria pedido ajuda até para a deputada Carla Zambelli, famosa por sua recente viagem inesperada ao exterior. Em tom de deboche, populares relatam que o prefeito teria gritado: “Trump! Me ajuda, tô no Pentágono!”.
O caso se tornou uma novela tragicômica. Caminhões sucateados, urubus sobrevoando o centro da cidade e lixo acumulado nas ruas compõem o novo “cartão-postal” do município. “Nunca vi tanto lixo junto — e não estou falando só do que está nas calçadas!”, ironizou um morador.
Quem trouxe à tona o escândalo foi o vereador Wanderson da Rocha Leite. Ele protocolou uma denúncia no TCM apontando irregularidades no contrato e questionando a veracidade das informações prestadas pela empresa. Em vez de receber aplausos, o parlamentar agora vive sob rumores de ameaças e trocas de acusações, em um ambiente político digno de novela mexicana — com enredo de corrupção e figurino de gari.
Enquanto isso, turistas registram os novos “pontos turísticos” da cidade: caminhões quebrados na praça, placas públicas tomadas por urubus e documentos de denúncia virando atração nas redes sociais.
A empresa Pentágono ainda não se pronunciou oficialmente, mas fontes locais dizem que o prefeito estaria de malas prontas, ensaiando o inglês e tentando limpar a barra — ou pelo menos o passaporte.
Em meio ao caos, a pergunta que ecoa nas ruas é uma só: será que Prado será varrida desse vexame ou vai continuar sendo a cidade onde até o lixo é de luxo?
